Fungos bioluminescentes

Quem já passou uma noite no campo pode ter conhecido um inseto muito curioso e também famoso por emitir luz: o vagalume. Esse fenômeno se chama bioluminescência. Além do vagalume, este fenômeno também já foi bastante observado em animais que vivem nas profundezas escuras dos oceanos. Porém poucas pessoas presenciaram este fenômeno ocorrer em fungos.

Isso mesmo, cogumelos!!! Existe uma diversidade de espécies de fungos bioluminescentes em regiões temperadas do hemisfério norte e na Australásia. Mas pesquisas recentes descobriram muitas espécies novas e novos registros de bioluminescência na Mata Atlântica e na Amazônia.

Em geral, as espécies de fungos bioluminescentes ocorrem em ambientes florestais úmidos, pois dependem da umidade para se alimentar, crescer e reproduzir. Entretanto, mesmo quem visita com frequência a floresta não consegue observar facilmente essa intrigante característica de alguns fungos, principalmente porque a intensidade da emissão é fraca e os cogumelos são efêmeros e sazonais. Uma boa estratégia para tentar localiza-los é visitar a floresta à noite, especialmente no período de lua nova, crescente ou minguante, quando a mata está mais escura.

O corpo dos fungos é constituído pelo micélio ou corpo vegetativo que é responsável pelo forrageio, obtenção de alimentos e crescimento e também pelos corpos de frutif cação (cogumelos) que asseguram a reprodução sexuada e a dispersão dos esporos. Várias espécies de fungos bioluminescentes emitem luz apenas do micélio, enquanto outras exibem a bioluminescência restrita ao cogumelo; raramente as duas estruturas emitem luz na mesma espécie.

A bioluminescência dos fungos pode servir para alertar predadores de suas defesas, ou atrair predadores de animais fungívoros, preservando suas linhagens. A luminosidade atrai também insetos noturnos, o que ajuda na dispersão dos esporos.

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